Confira os principais nomes do Seminário de Ecologia Política

O Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica será realizado nas cidades de Tabatinga (Brasil), e Letícia (Colômbia), durante os dias 3, 4 e 5 de junho de 2019, e contará com debates a respeito de migração, conflitos socioambientais, territorialidade, urbanização, globalização e segurança alimentar. Aqui você pode conferir o perfil de alguns dos principais participantes do evento.

 

Antonio A. R. Ioris

Antonio A. R Ioris, docente na Universidade de Cardiff, participará da abertura do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, em Tabatinga, no dia 3 de junho (segunda feira). O professor, que será responsável por introduzir o evento, coordenou reformas institucionais do setor de recursos hídricos no Peru, Portugal, Escócia e Brasil e é fundador da Rede Agrocultures. Ele também realizou trabalhos referentes à geografia indígena, além de diversos trabalhos relevantes que envolvem questões ambientais e direitos humanos.

O Seminário é uma realização da Redes Agrocultures que procura aproximar pesquisadores atuantes na produção de conhecimento sobre a Amazônia. O trabalho é feito com a finalidade de pensar desenvolvimento nacional considerando fatores de direitos ambientais e humanos, elaborando, assim, debates que pontuam os prejuízos aos moradores, destruição de recursos naturais e integração entre os diferentes grupos de interesse envolvidos nos processos de exploração econômica na Amazônia. A Rede Agrocultores age na contribuição de abordar temas que são essenciais mundialmente para discutir meio – ambiente e levar um olhar mais ecológico e humano para enxergar a floresta mais importante do mundo.

 

Taciana de Carvalho Coutinho

Taciana de Carvalho Coutinho, professora da Universidade Federal do Amazonas, irá compor a última sessão do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental em Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica que vai acontecer no dia cinco de junho (quarta – feira), no Auditório de Ia da Universidade Estadual do Amazonas, em Tabatinga, Brasil. Taciana  atua dentro das temáticas de História ambiental em Terras Indígenas e Conflitos socioambientais na fronteira e Serviços Ecossistemicos na Região do Alto Solimões. Além disso, ministra aulas nos cursos com o maior índice de indígenas discentes.

“A diversidade cultural é um contexto vivo na realidade do nosso ambiente de trabalho, sendo a Instituição de ensino superior responsável pela formação de inúmeros profissionais indígenas de diferentes identidades étnicas.”, comenta a Professora que traz para o Seminário a pesquisa cujo o título se apresenta como “História ambiental e urbanização frente às terras indígenas no alto solimões”. O estudo de Taciana traz o caso da Terra Indígena Umariaçu para evidenciar como o processo de urbanização, que estabelece relações entre cidade e os povos originários, influencia transformações socioambientais. Através de acontecimentos marcantes como, por exemplo, a abertura da pista de pouso do Aeroporto Internacional de Tabatinga, o estudo exemplificam a abertura de áreas florestais e a consequência disso na vida prática e simbólica dos povos indígenas.

 

Juan Álvaro Echeverri

Prof. Juan Álvaro Echeverri, Antropólogo atuante na Universidade Nacional da Colômbia desde 1997, estará, dia 5 (quarta-feira), às 14hrs, na sessão V: Populações e Territórios Indígenas no Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica que vai acontecer no Auditório da Universidade Estadual do Amazonas, em Tabatinga, Brasil.

O antropólogo acredita que é relevante aprender sobre território com as concepções indígenas para que outros grupos humanos possam extrair da cultura dos nativos outras formas de interações com a terra. “Algo fundamental da concepção indígena – e aqui me atrevo generalizar – é que o território não é apenas espaço; o território é um conceito social e vital: a teia de relações que ao longo do tempo gera traços na paisagem e, portanto, sua espacialização é um efeito da sua fundação vital”, comenta Echeverri.

 

João Pacheco de Oliveira

João Pacheco Oliveira, Antropólogo e Professor titular do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estará presente no Auditório de La da Universidade Estadual do Amazonas, dia 5 de junho (quarta-feira), às 18hrs, no Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica.

A participação de João Pacheco de Oliveira vem para inserir um olhar sobre o protagonismo do índio na construção do Brasil de maneira prudente. O pesquisador constitui memórias indigenistas através de diversas interpretações sobre os nativos, o que acaba por causar questionamentos nas categorias e práticas que vêm de modelos jurídicos coloniais. Oliveira executa pesquisa em que o mundo colonial dialoga com a contemporaneidade e, com isso, foi autor, coautor e organizador de livros, como no caso de Ensaios de antropologia histórica (1999), onde foi escritor. Hoje, João Pacheco de Oliveira se interessa, sobretudo por antropologia, museus e coleções etnográficas.

 

Enrique Leff

Enrique Leff, professor da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), participará do primeiro dia (três de junho) do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, no auditório da Universidade Estadual do Amazonas, em Tabatinga, às 16hrs, com o título A Ecologia Política dos Povos da Terra: Territorializando a Vida Desde a Potência da Vida.

Enrique Leff é um dos intelectuais latino- americanos mais reconhecidos quando se trata de temática ambiental sob uma perspectiva interdisciplinar. Ele foi coordenador da Rede de Formação Ambiental da América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e escreveu alguns livros, mas poucos são conhecidos no Brasil. É possível encontrar o livro Ecologia e Capital, autoria de Enrique Leff, em versão traduzida para o português.

 

Clemencia Herrera

A líder indígena estará presente na abertura do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, às 15:00h na segunda-feira (3), no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Tabatinga.

Nativa do povo Uitoto da Amazonia colombiana, Clemencia lidera a Escola de Educação Política da Organização dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (OPIAC), um projeto que visa fortalecer a governança de 56 aldeias da Amazônia para defender e proteger seu território. Líder comunitária a mais de 20 anos, dirigiu e implementou processos de defesa dos direitos dos povos indígenas em seus territórios, como o mapeamento das Entidades Territoriais Indígenas (ETI’s).Foi dirigente da Organização Nacional indígena da Colômbia (ONIC) como Coordenadora Nacional da Cultura e da Mulher. Participou na elaboração de projetos com diversas instituições governamentais.

 

Jeffrey Hoelle

Prof. Jeffrey Hoelle, Antropólogo na Universidade de Santa Bárbara, vai participar do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, no Hotel Anaconda, em Letícia, às 8h 30min, no dia 4 de junho (terça-feira). O antropólogo estuda como é a relação seres humanos – Amazônia buscando compreender como se dá o uso da terra e da floresta como subsistência e como fatores de interesses políticos e econômicos. A pesquisa de Hoelle abrange elementos culturais a fim de destrinchar melhor os temas: trabalho, masculinidade, natureza e alimentação; tendo como objetivo central evidenciar como as práticas ambientais destrutivas, sobretudo a pecuária, fazem sentindo sob a perspectiva de diversos autores.

Durante a Sessão I: Migração, Fronteira e Impactos Socioambientais, Hoelle “vai analisar a distribuição de valores culturais associados às paisagens florestais e não florestais entre grupos de atores que modelam o uso e cobertura da terra em uma fronteira agrícola e florestal na Amazônia ocidental brasileira”. Os resultados do estudo evidenciam que os aspectos culturais têm influencia na atuação sobre o uso da terra.

 

Pedro Rapozo

Pedro Rapozo, professor da Universidade do Estado do Amazonas UEA, estará presente em duas mesas no Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica. O professor irá compor a mesa de abertura do evento que está para acontecer no Auditório da UEA, dia 3 de junho (segunda-feira), em Tabatinga, Brasil, às 15hrs; e na sessão II: Da Injustiça Social à Justiça Socioambiental, no Hotel Anaconda, no dia 4 de junho (terça-feira), em Letícia, Colômbia, às 14hrs.

Para o professor, os discursos que envolvem desenvolvimento, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e ecodesenvolvimento estão relacionados às condições históricas de uma determinada situação social. É importante levar em consideração as transformações socioeconômicas, a crise racional de esgotamento de recursos naturais e do saber técnico – cientifico para a compreensão dos discursos que cunharam a Amazônia brasileira. Rapozo é professor de graduação e de cursos de pós graduação na UEA, além de ser Coordenador do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos Socioambientais da Amazônia – NESAM vinculado ao CNPq.

 

Germán Palacio

Professor da Universidad Nacional de Colombia (UNAL), é um dos organizadores do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica. Estará presente na mesa da Sessão II: Da Injustiça Social à Justiça SocioAmbiental, das 14:00h às 16:00h na terça-feira (4), apresentando o tema Fronteiras, Conservação e Apropriação Territorial na Amazônia, no Hotel Anaconda, cidade de Letícia.

Germán Palacio é advogado e Doutor em História pela Florida International University. Professor e Investigador da UNAL, Sede Amazonas, na cidade de Letícia. Seus interesses de investigação estão focados na ecologia política; desenvolvimento regional; globalização e estado; justiça e sociedade e história ambiental da América Latina; estudos ambientais urbanos; ecologia política; cambio climático e ciências sociais. Na organização Sócios para a Conservação da Amazônia Colombiana exerce a função de representante da UNAL na coordenação das atividades do programa na Amazônia.

 

Jório de Albuquerque Veiga Filho

O Secretário de Planejamento abrirá  o Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica junto de Antonio Ioris. Para dar início ao evento, Jório falará sobre A importância da Ciência e Tecnologia para as comunidades da Amazônia, às 15:00h da segunda-feira (3).

Atual Secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Seplancti) sob a administração de Wilson  Lima, governador eleito em 2018 pelo Partido Social Cristão (PSC). Nascido em Recife, reside em Manaus há 29 anos. Possui graduação em engenheira civil, tem especialização em economia de empresas e cursos em gerência de produção (PMDP), por meio da Georgia Institute of Technology. Ele atuou por 28 anos em posições gerenciais e de diretoria, a nível internacional, na The Coca-Cola Company. Em reunião com os servidores da Seplancti,, o secretário disse que pretende aperfeiçoar as ações que possam garantir um bom ambiente de negócios com mais eficiência e transparência aos investidores e projetos voltados para a qualidade de vida dos cidadãos.

 

José Ribamar da SIlva Nunes

Estará presente na mesa de abertura do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, às 15:00h na segunda-feira (3), no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Tabatinga.

Atualmente é professor Adjunto I da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) onde ministra aulas e orientações no curso de Ciências Agrárias e do Ambiente e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, nível mestrado, da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Biotecnologia Aplicada à Genética, Melhoramento e Produção Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: uso de ferramentas de biotecnologia e bioinformática, marcadores moleculares, genotipagem por sequenciamento, associação genômica, mapas genéticos.

 

Ivanilce Castro

Professora adjunta do instituto Natureza e Cultura na Universidade Federal do Amazonas, estará presente na sessão IV do Seminário Internacional de Ecologia Política, para somar no debate sobre “Justiça Alimentar”. A professora que atua na área de Agronomia, com ênfase em agricultura familiar, se apresentará no dia 5 de junho (quarta-feira), a partir das 8h 30 da manhã, no auditório Victória Amazónica da Universidade Nacional da Colômbia.

Com o título “Agroecossistemas e segurança alimentar no Alto Solimões”, Ivanilce leva ao evento o exemplo de formas de produção adotadas e reforçadas em Nova Aliança que acabam por viabilizar a manutenção da unidade familiar. “As formas de produção adotadas correspondem a sistemas integradores da agricultura aos diversos sistemas acessados. Os canais de obtenção de alimentos via trabalho nos agroecossistemas e relações de reciprocidade, pelos moradores de Nova Aliança, apresentam-se como um sistema de disposições duráveis e transponíveis integradas ao saber, permitindo o acesso a segurança alimentar das unidades familiares.”, comenta a professora que trabalha especialmente com os temas: segurança alimentar, agrobiodiversidade, abastecimento local e etnoconservação.

 

Marcos Colón

Estará presente na mesa de abertura do Seminário Internacional de Ecologia Política: Justiça Socioambiental e Alimentar na Tríplice Fronteira Amazônica, às 18:00h na segunda-feira (3), no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Tabatinga, onde apresentará o documentário Beyond Fordlândia.

Professor Assistente (TA) no Departamento de Português e Espanhol e membro associado do Center for Culture, History and Environment (CHE) do Nelson Institute for Environmental Studies, da Universidade de Wisconsin-Madison; é também diretor e produtor do documentário Beyond Fordlândia: An Environmental Account of Henry Ford’s Adventure in the Amazon. Sua pesquisa enfoca a representação da Amazônia na literatura brasileira do século XX, sob a perspectiva dos estudos ambientais. Em particular, ele está examinando uma variedade de pontos de vista da Amazônia pós-borracha através de textos escritos, relatórios orais e filmes; observando mudanças na região, sua natureza e seu povo.

 

 

 

Você pode conferir a programação do evento e demais informações clicando aqui.

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